Cruzo os mares na minha embarcação
Quebro as ondas bravas com desdém,
as ondas brancas da espuma de raiva
de eu as quebrar assim como ninguém
Sopra o vento, matreiro de natureza
Arauto dos perigos da mudança
arreliando o mar à sua passagem
- e eu à mercê de sua dança! -
Mais valia estares calado amigo vento!
Brado eu em ira ao negro fado,
logo o vento se volta arrependido
e solta-me um sopro de beijo molhado
Lá vem ao longe a onda derradeira
galgando o tempo qual nobre corcel...
Avista seu alvo quebrando suas filhas
e avança em vingança sobre meu batel.
É agora o momento dos feitos heróicos
dos cantos que embalaram nossos avós!
Invoco a mim esse espírito nobre
Que a força dos poetas criou em nós!
Rasgo o céu com meu punho erguido
e ordeno ao vento que nos deixe a sós!
Arregaço as mangas que outrora tive
e junto à deles minha rouca voz!
M T
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Há 1 dia
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