quinta-feira, novembro 26, 2009

o meu arco

E eis que senão, na aula de escrita de curtas-metragens me deparo com uma grande questão cine-filosófica. A propósito do "arco" de uma personagem habitante de uma narrativa. Qual será mesmo o meu arco? Onde é que ele termina(rá)? Consigo saber onde quero que terminem os arcos mais pequeninos, os dos objectivos mais próximos, por exemplo: estou neste curso para que possa um dia escrever um ou mais guiões com pés e cabeça; estou a trabalhar para que um dia possa ganhar a minha independência e para que me sinta útil e activo; tenho uma linda namorada e acredito no amor para que um dia possa sentir o que é compor uma família; sou escuteiro e tenho uma fé coesa para que nunca deixe de acreditar que as boas obras, a unidade, a liberdade, a iniciativa e a responsabilidade são o caminho para sentir (quase) sempre uma força que me empurra quando preciso de empurrões, ou que me ampara quando me sinto em queda-livre; mas o arco-maior, esse, estou muito longe de saber onde quero que acabe e para quê, mas quero acreditar que estou cada vez mais perto.

4 comentários:

Clavel Rojo disse...

Caminante, son tus huellas
el camino, y nada más;
caminante, no hay camino,
se hace camino al andar.
Al andar se hace camino,
y al volver la vista atrás
se ve la senda que nunca
se ha de volver a pisar.
Caminante, no hay camino,
sino estelas en la mar.

oui c'est moi disse...

querido g.
às vezes também eu procuro o sentido deste girar maior que nos anima. e acho que sim com todas as pequenas conquistas diárias e da vida, no amor, no trabajo, na amizade, nos aproximamos mais de perceber essa forma de girar e de ser harmonia.
e no fim tudo se resume ao amor que é força motriz deste universo e de nós mesmos oui?
beijinhos*

Anónimo disse...

Por onde tens andado?ou talvez seja eu que tenha andado tão esquecida...também já não sei bem o que fui, em que me tornei e o que ficou entre o caminho do que podia ter sido e do que ainda serei.
Mas nesta deambulação de hoje descobri em ti e nas tuas palavras de hoje( embora seja ontem para ti) uma preemente vontade de escrever.obrigada por esta inspiração que já cá faltava a muito e andava a dar-me desassosego.
obrigada por me fazeres sentir aquela emoção de quanto sentimos que afinal não estamos sozinhos no nosso pensamente e há alguem que consegue dizer aquilo que estamos, e há muito sentimos.

peço desculpa a tua linda namorada e a pessoa que me hábita a alma mas porra(!), senti uma grande sintonia nas tuas palavras

sofia

文章 disse...
Este comentário foi removido por um gestor do blogue.