quinta-feira, março 26, 2009

da solidão

Nunca estamos sós no mundo. Às vezes julgamos que sim, porque nos sentimos abandonados, deslocados, perdidos. Há noites de silêncio que nos convencem que não vão terminar, e a gente anda pela estrada e os carros não passam: o último que passou foi aquele que nos entregou à nossa morada. Entra-se numa rua e as janelas das casas estão fechadas para fora e as pessoas não estão, quase parece que nunca estiveram, é o som das ruínas que se ouve, do que houve e já não há. Nesse silêncio de vozes que esperam, nós nunca estamos realmente sós, e se nos esforçarmos por sentir, ouviremos a respiração às escondidas da gente que nos é, que nos ficou. A quem ficámos.

3 comentários:

Anónimo disse...

Nunca desistir dos sonhos …. Eles são o norte da paixão
Deixar que esta se esfume no horizonte, sentado na praia, sem abrir uma demanda contra a solidão, é enterrar a vida na areia.
A praia fez-se para apreciar, caminhando sob grãos de sonhos realizáveis.
Não há destinos pré marcados, mas existem sinais indeléveis, que devemos estar atentos e nos fazem dar sentido ao horizonte .
Se ouvires o vento, sabes como ousar lutar para agarrar a vida com Sol….
wfox

gambozino disse...

obrigado raposo/a.

Anónimo disse...

de nada gambozino criativo