Nunca estamos sós no mundo. Às vezes julgamos que sim, porque nos sentimos abandonados, deslocados, perdidos. Há noites de silêncio que nos convencem que não vão terminar, e a gente anda pela estrada e os carros não passam: o último que passou foi aquele que nos entregou à nossa morada. Entra-se numa rua e as janelas das casas estão fechadas para fora e as pessoas não estão, quase parece que nunca estiveram, é o som das ruínas que se ouve, do que houve e já não há. Nesse silêncio de vozes que esperam, nós nunca estamos realmente sós, e se nos esforçarmos por sentir, ouviremos a respiração às escondidas da gente que nos é, que nos ficou. A quem ficámos.
Excerto da Quinzena
Há 16 horas
3 comentários:
Nunca desistir dos sonhos …. Eles são o norte da paixão
Deixar que esta se esfume no horizonte, sentado na praia, sem abrir uma demanda contra a solidão, é enterrar a vida na areia.
A praia fez-se para apreciar, caminhando sob grãos de sonhos realizáveis.
Não há destinos pré marcados, mas existem sinais indeléveis, que devemos estar atentos e nos fazem dar sentido ao horizonte .
Se ouvires o vento, sabes como ousar lutar para agarrar a vida com Sol….
wfox
obrigado raposo/a.
de nada gambozino criativo
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